São Paulo, São Paulo... A cidade com suas paulistanices, manias, costumes e coisas que paulistanos fazem, mas só quem é de fora percebe. Por exemplo, o nosso sotaque. Paulistano acha que não tem sotaque, mas pergunte para quem é de fora a respeito, peça para nos imitar, vá a alguma cidade distante, comece a conversar e será reconhecido como paulistano. Dirão que você é “paulista”, mas estão querendo dizer “paulistano”.
Muita gente não sabe, inclusive paulistanos, – e isto não é uma paulistanice – que paulista é quem nasce no estado de São Paulo e paulistano é quem nasce na cidade de São Paulo, a capital do estado. Portanto, todo paulistano é paulista, mas nem todo paulista é paulistano. Algumas pessoas acham estranho um paulistano dizer que vai à São Paulo (cidade) sendo que já está em São Paulo (estado). Mas não podemos culpá-los por esta confusão, pois saber quando nos referimos à capital ou ao estado é uma peculiaridade, digo paulistanice, nossa. É uma intuição paulistana.
Uma paulistanice não é necessariamente uma característica dos paulistanos. Qualquer um que venha de fora e se comporte como um paulistano, seja aqui ou seja lá, já adquiriu uma ou mais paulistanices. Basta passar um tempo aqui conosco que já começa a exibir traços paulistânicos.
Ah, mas que veneno é este que experimentamos que nos faz amar esta cidade com toda sua poluição e trânsito caótico? Praia, campo, tudo isso é maravilhoso, mas que vício é este que nos faz querer voltar à correria do dia a dia com suas escadas rolantes, multidões, buzinas, sirenes?
Ah, mas compensa! Quem é paulistano ou quem passa por aqui sabe que compensa!
Isso é paixão doentia... Ou é amor platônico? Seja lá o que for, viver aqui é excitante!
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